O Mundo visto pelas crianças
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Beijar

"Eu não gosto de beijar ninguém porque me costumam babar a cara" Joana, 5 anos

"Só vou beijar uma pessoa quando essa pessoa for rica" Paula, 7 anos

"Se for a Mamã, podemos beijar sempre que nos apetecer. Se for uma pessoa nova devemos, primeiro, perguntar se podemos" Rogério, 6 anos

“Aprende-se a beijar treinando com a Barbie e o Ken" Júlia, 7 anos


"Aprende-se no momento em que for preciso, porque vamos querer dar o nosso melhor" Diogo, 7 anos


Atracção fatal

"Não sei. Acho que é por causa do cheiro das pessoas. Por isso é que os perfumes e os desodorizantes são tão populares" João, 9 anos

"Primeiro temos de ser atingidos por uma seta. Depois, deixa de ser uma experiência dolorosa" Helena, 8 anos

"Se uma pessoa tiver sardas, ela vai-se sentir atraída por outra que também tenha sardas" André, 6 anos


A idade certa para casar

"Aos oitenta e quatro anos, porque nesta idade já não precisamos de trabalhar e podemos passar o dia inteiro a namorar com a outra pessoa." Júlia, 8 anos

"Eu vou-me casar assim que sair do infantário!" Tomás, 5 anos


Solteiro ou casado?

"As raparigas devem ficar solteiras. Os rapazes devem casar-se para terem alguém que lhes limpe a roupa e lhes faça a comida" Catarina, 9 anos

"Fico com uma dor de cabeça só de pensar nesse assunto. Sou muito pequena para pensar nesses problemas" Lina, 9 anos

"Uma das pessoas deve saber preencher um cheque. Mesmo que haja muito amor, é sempre necessário pagar as contas" Eva, 8 anos


Manter uma relação

"Não esquecer o nome da namorada. Isso estragava tudo!" Ricardo, 8 anos

"Pôr o lixo lá fora todos os dias" Guilherme, 5 anos

"Nunca dizer a uma pessoa que se gosta dela se não for verdade" Pedro, 9 anos


Beleza

"Não tem a ver com sermos bonitos ou não. Eu sou bonito e ainda não encontrei ninguém para casar comigo" Ricardo, 7 anos


Tácticas infalíveis

"Diz a toda a gente o quanto gostas dela. E não te importes se os pais dela estiverem ao pé" Manuel, 8 anos

"Levá-la a comer batatas fritas costuma funcionar" Bernardo, 9 anos

"Eu gosto de hamburgers e também gosto de ti" Luís, 6 anos

"Abanamos as ancas e rezamos para que tudo corra pelo melhor" Carla, 9 anos


O Amor

"O Amor é a melhor coisa que existe no mundo... Mas o futebol ainda é melhor!" Guilherme, 8 anos

"Sou a favor do amor, desde que ele não aconteça quando estão a dar desenhos animados" Ana, 6 anos

"O amor encontra-nos mesmo quando nós tentamos nos esconder dele. Eu fujo dele desde os 5 anos mas as raparigas conseguem sempre encontrar-me" Nuno, 8 anos

"Amor é quando o teu cão te lambe a cara, mesmo depois de o teres deixado sozinho o dia inteiro" Mary Ann, 4 anos

"Quando a minha avó ficou com artrite e deixou de poder dobrar-se para pintar as unhas dos pés, o meu avô passou a pintar as unhas dela, apesar dele também ter muita artrite" Rebecca, 8 anos

"Eu sei que a minha irmã mais velha me ama porque ela dá-me todas as suas roupas velhas e tem que sair para comprar outras" Lauren, 4 anos

"Amor é quando sais para comer e ofereces as tuas batatinhas fritas sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela. " Chrissy, 6 anos

"Amor é quando a minha mãe faz cafe para o meu pai e toma um gole antes, para ter a certeza que está ao gosto dele" Danny, 6 anos

"Amor é quando a nossa mãe vê o nosso pai chegar suado e mal-cheiroso e ainda diz que ele é mais bonito que o Robert Redford." Chris, 8 anos

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Frase da semana:
"A inocência não se envergonha de nada." - Jean Jacques Rousseau
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Primeira entrada num Mundo Novo
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Finalmente, dia 18, foi realizada a tão esperada visita ao centro de acolhimento temporário para crianças da Cáritas de Setúbal. Nesta, fomos muito bem recebidas pela Dra Clara, que se mostrou bastante acessível e pronta para receber a nossa ajuda.
Primeiro, falou-nos um pouco acerca das crianças que frequentam a instituição, e sobre o funcionamento da mesma, como os horários e as funções das auxiliares. Mais tarde, recolhemos informações sobre as necessidades da instituição e, de entre tantas, acordámos que numa primeira fase iríamos ajudar no que pudéssemos em relação às actividades exteriores das crianças, como por exemplo, ao fim-de-semana. Depois de saber as necessidades, voltámo-nos para as ideias que já tínhamos predefinido e apresentámo-las, tais como, a remodelação numa área da instituição, uma angariação de bens, entre outras, nas quais a Dra Clara não se opôs e aceitou de bom agrado.

Esperamos voltar lá o mais brevemente possível e, com a nossa união, ajudármos em tudo o que pudérmos, todas aquelas crianças... Ajudá-las a Sonhar mais Alto.

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Frase da semana:
"Não é o sofrimento das crianças que se torna revoltante em si mesmo, mas sim que nada justifica tal sofrimento." - Albert Camus
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Dez mil crianças e jovens vivem em instituições
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Como sabemos a adopção em Portugal é um tema polémico. Contudo, são poucas as pessoas completamente dentro do tema e que possuem as informações essenciais. É neste contexto que nos sentimos responsáveis para com a divulgação de conhecimentos a quem estiver interessado. Para tal, publicaremos notícias acerca deste mesmo tema.

Para iniciar, encontrámos uma notícia deste mesmo ano, que possui números relactivamente à adopção e aos casos de crianças ainda, infelizmente, por adoptar.

"O Plano de Intervenção Imediata é um documento elaborado anualmente pela Segurança Social e entregue à Assembleia da República dando conta da situação das crianças e jovens em acolhimento.

Nos relatórios dos anos de 2006 e 2007 foram identificados quatro traços característicos do sistema de acolhimento em Portugal: grande dimensão do universo de crianças e jovens acolhidos, longos períodos de permanência nas instituições, baixa mobilidade e entradas no sistema de acolhimento inferiores às saídas para "meio natural de vida".

Segundo os dados mais recentes, relativos a 2008, mantém-se elevado o número de crianças e jovens em situação de acolhimento (9956 no total), no entanto, há um decréscimo de 1406 face a 2007. A maioria das crianças e jovens continuam a permanecer em instituições por períodos superiores a um ano (7801, ou seja, quase 80 por cento).

De acordo com o relatório de 2008 foram identificadas 13 910 crianças e jovens em situação de acolhimento mas apenas 9956 se encontravam efectivamente em instituições. As restantes viviam com famílias de acolhimento.

Em relação a 2007 há menos 1406 crianças acolhidas, o que representa um decréscimo de cerca de 12 por cento. Deste grupo de quase dez mil crianças e jovens, 2155 iniciaram o acolhimento em 2008, valor muito aproximado ao registado em anos anteriores, o que, segundo o relatório, indicia uma tendência de estabilização ao nível do número de novas entradas no sistema de acolhimento.

Entretanto, em 2008 saíram do sistema de acolhimento 3954 crianças e jovens, o que representa um aumento do número de saídas de cerca de 23 por cento face às que ocorreram em 2007.

É nos distritos do Porto, Lisboa e Braga que se regista o número mais elevado de menores em instituições por contraponto aos distritos de Portalegre e Beja. Em 2008, a taxa de desinstitucionalização foi de 27 por cento, valor que, segundo a Segurança Social, ultrapassa a meta governamental.

São diversas as entidades executoras do Plano de Intervenção Imediata que ultrapassaram já esta meta, embora o relatório destaque o Centro Distrital de Vila Real, que apresenta uma taxa de desinstitucionalização de 43 por cento, seguido dos centros distritais de Setúbal, Viseu, e Aveiro, com taxas de entre os 34 por cento e os 32 por cento."

in "publico.pt" - 21.05.2009

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Frase da Semana:
"Cerca de dez mil crianças e jovens em risco estão em instituições de acolhimento, um número que segundo o último relatório da Segurança Social é ainda elevado, mas revela uma tendência para diminuir de ano para ano." José Luís Costa
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